Conto Erótico Dou Muito Orgulho Ne

Conto Erótico - Dou Muito... Orgulho Né?

Depois de dois anos sem comparecer à parada do Orgulho LGBT por causa da pandemia, estava A-NI-MA-DÉR-RI-MO para a desse ano. Não era apenas se vestir com as cores do arco íris e dizer que sentia orgulho de ser gay, era uma coisa muito maior. Se entender como um sujeito digno de existir, amar e ser amado e ter orgulho se ser quem é. Eu demorei para sentir orgulho de mim, mas hoje ando de mãos dadas com meu boy com a certeza de que o nosso amor é lindo e deve ser celebrado. E por falar no meu boy, foi bem numa parada que eu o conheci. Vou te contar como foi. Senta que lá vem história.

Eu estava ali no vão do MASP com a galera esperando o crush da faculdade, a gente tinha se encontrado na noite anterior e tinha sido bem legal. Estava animado para encontrá-lo novamente e ver como fluía. Quem sabe eu não saía da seca e colocava o corpinho para jogo?

Mas foi bem aí o meu desbunde, você não vai acreditar. O macho apareceu! Mas vinha me encarando tão sério! Que horror. Parecia que tinha acabado de ouvir a notícia do cancelamento do show da Lady Gaga no Rock in Rio. Vinha andando determinado. Sentou do meu lado e falou:

Caio, é o seguinte. Não vai dar certo. 

O que não vai dar certo? Perguntei sem querer admitir que ele estivesse falando sobre nós.

Nós. Não vai dar certo. Ele fechou os olhos e parecia realmente pesaroso.   Aqui, olha. - Ele apontava uns pontos e eu olhava sem entender.  - Você tem sol em aquário e ascendente em capricórnio e eu touro e gêmeos. É impossível. 

— COMO ASSIM? Perguntei perplexo.

Desculpa, sério. Eu estava muito na sua mas não posso me envolver com alguém de aquário e capricórnio. 

Fiquei ali passado olhando o boy se afastar sem ter entendido nada do que aconteceu. Uma amiga estava tentando me dar uma visão geral da coisa, mas não consegui entender nada! Pera, perdi meu esquema por causa do dia que eu nasci, é isso? E se não bastasse, a turma fazendo chacota comigo!

— Signo? Que mané signo, amada. Signo é o terraplanismo socialmente aceito. Falei para minha best que só fazia rir junto com a galera e lá do meio de geral eu ouvi uma voz que ainda me era desconhecida dizer.

— Esse comportamento é tão de aquário. 

Só fiz revirar os olhos. Agora pronto. Até os agregados do rolê iam me zoar? Mas pera. Que boy era aquele ali falando aquela leseira? Genty. Dei uma analisada no bofe e olha… Se eu sento naquele homem, nem Rei Arthur desenterra a espada. Que isso Braseeeeel.

— A gente se conhece?  Perguntei o mais sério que consegui.

— Acho que não. Eu sou o Leonardo, trabalho com a Ana. Foi ela que me convidou. 

Leonardo estendeu a mão para mim e eu a segurei. O aperto firme, a mão estável. O sorriso dele era tranquilo no rosto, um homem sério. Se não fosse o riso nos olhos. Interessante, para dizer o mínimo. E um gostoso né? Olha só aqueles braços. 

— Pois eu tenho certeza que eu te conheço. Falei sem soltar a mão dele.

— É? Da onde?

— Dos meus sonhos.  Ponto para mim, o gostosão abriu o sorriso e relaxou a mão, e já que o meu projeto inicial deu errado... Bom, quem perde tempo é relógio quebrado né não?

E lá vou eu jogar meus encantos para o boy. Jogar cabelo, piscar meus olhinhos doces, mas o boy se encantava mesmo era com conversa. Né que a beesha já era formada em direito, toda politizada, milituda e estava ali na parada para a eventualidade de alguma das amigas precisar de assessoria jurídica durante a manifestação? Que boy mamável, digo, amável! 

Conversamos muito. Ana percebeu o feeling e fez de tudo para ajudar. A galera até parou de tirar com a minha cara por causa do surtado do zodíaco. Pelo menos um pouco né? A tarde foi muito boa, a gente se divertiu, se emocionou e só mesmo quem já esteve lá para entender a dimensão do sentimento e a importância do todo. 

Lá pelas tantas, ali por onde estávamos ao som de I kissed a girl, geral começou a se beijar. Parece que todo mundo estava se beijando e a gente estava no meio de um beijaço. Eu queria beijar o boy e queria demais, mas queria que ele quisesse, sabe? Ai, tava toda confusa sem saber se ia ou vinha, se agarrava o boy ou disfarçava e sem falar nada ele me pegou bem de jeito e me beijou.

Amiga. Que beijo foi esse. Parece que os corpos se encaixaram perfeitamente, como se soubessem exatamente onde queriam se encaixar. As línguas se tocando provocantes, eu sentia o gosto dele, um gosto bom e fresco de refrigerante. Doce. Eu queria mais. Meu corpo respondeu imediatamente. Era como se estivéssemos sozinhos no mundo, num lugar silencioso. Por um momento, o mundo ficou estranho a nossa volta e naquele instante, só existia as mãos firmes do Doutor nas minhas costas e minha respiração morrendo nos lábios dele. E quando o beijo terminou, ficamos nos encarando num relativo silêncio. Eu não sei o que ele estava pensando, mas eu só queria sair com ele dali e tirar aquela roupa dele o mais depressa possível.

Leonardo passou o dedo pelo meu rosto, da têmpora ao queixo, ainda sem dizer nada. Correu o dedo pelo meu pescoço, pela minha clavícula, fez minha pele arrepiar e sorriu, finalmente quebrando o silêncio:

— Ana. Chamou não muito alto, mas foi o suficiente para ela ouvir.

— Eu. — Ana se aproximou de mãos dadas com a namorada. — Chamou Leo?

— Chamei. Está tudo bastante tranquilo né, você acha que teria problema se eu fosse um pouco mais cedo? Ele deu uma olhada nas horas. Agora, por exemplo. 

— Acredito que não e também eu sempre posso te ligar né? 

— Isso, pode me ligar sim. — Eles trocaram mais algumas palavras e Ana se foi, Leonardo olhou para mim e disse: — Vamos?

Eu pensei em muitas coisas para dizer, coisas inteligentes, coisas engraçadas, pensei em fazer a digna e dizer se por acaso ele estava me achando fácil, pensei em virar as costas e sair dizendo que ele era pretensioso por deduzir que eu iria acompanhá-lo sem ter me perguntado nada. Mas me lembrei do beijo, da sensação da pele dele na minha, estendi minha mão para ele e disse apenas: 

— Vamos.

Caminhamos por um tempo relativamente curto, descemos algumas ruas para sair da muvuca. Decidimos pegar um uber e por ali o movimento era bem menor, rolou até uns beijos e trocamos números. 

Eu estava num dia de sorte, nosso carro não demorou nada para chegar. Nosso destino era um motelzinho há quinze minutos de distância e já que o problema do ínicio do meu dia era eu ser aquário, tomara Leonardo fosse um peixe para em meu límpido aquário mergulhar. 

Por sorte chegamos ligeiro, pagamos e quando entramos no quarto, Leonardo me encostou na porta antes de abrir e me beijou. Com fome. Com urgência. Eu enlacei a cintura dele com as pernas, trazendo-o para mais perto. Senti ele pressionar o corpo no meu e o senti duro pela primeira vez. Eu gemi. Leonardo puxou meus cabelos para trás e beijou meu pescoço, mordendo, lambendo, eu sentia ele pressionar o quadril contra mim. Eu o desejava. Meu coração estava disparado, parecia que eu podia ouvir ele bater no meu peito.

Fomos para a cama, as roupas ficando pelo chão no caminho. Eu só pensava em cair de boca naquele pau gostoso antes de fazer valer a pena cada agachamento que eu  já tinha feito na vida e nu, diante de mim, Leonardo me disse: 

— Nem mesmo se eu tivesse sonhado com você eu poderia ter te imaginado assim, tão perfeito.  Ele se ajoelhou na cama e nos beijamos ainda mais uma vez, eu sentia a pele morna dele em mim e num movimento que faria a própria Luiza Sonza chorar de inveja, consegui ficar por cima do boy e enfim, colocar aquela pica na minha boca. O sabor… a textura. A cabeça passando no céu da minha boca e eu controlando a profundidade com minhas mãos… Tive a satisfação de sentir as coxas dele contraírem sob meus braços, tensas de desejo.

— Porra, Caio. Eu acariciava o saco dele com uma mão, com a outra tocava levemente o cu dele e admirava as pernas se abrindo para mim. Que homem lindo ele era. Lindo e gostoso. Eu o queria demais. 

Eu o engolia, as vezes depressa, as vezes devagar, mas sempre molhado e fundo. Sentindo o pau dele pulsar na minha boca, sentindo as mãos dele no meu pescoço me acariciando. Ouvindo ele gemer e falar meu nome com a voz entrecortada.  Eu o chupava e batia uma punheta para mim, eu o sentia cada vez mais tenso e sabia que também queria gozar. 

— Quer ir para o chuveiro? Perguntei.

— Agora… 

E fomos. Ele se abaixou e me chupou, mas a essa altura ambos estávamos com pressa. Ele me puxou para os seus braços e eu o beijei enquanto masturbava a mim e a ele. Leonardo massageou minha bunda, os dedos sondando e me fazendo gemer pedindo por ele, pedindo por favor.

Embaixo do chuveiro, os corpos se amando pela primeira vez, Leonardo entrou em mim e eu gemi de prazer junto com ele, uma satisfação deliciosa. Ele segurava meu quadril bem junto dele e beijava minhas costas, mordendo e beijando alternadamente. Me fazendo enlouquecer.

Nossos corpos se conectaram, nosso ritmo era um só. A pica dele em mim me preenchia de uma maneira única e eu sentia que podia flutuar antes de explodir de tanto tesão. Leonardo gemia alto, eu pedia mais forte, mesmo achando impossível.

O som dos corpos colidindo, os gemidos cada vez mais altos, ritmados e juntos gozamos pela primeira vez, nos mantendo em pé mais um pouco, com uma vontade louca de me soltar nos braços daquele homem.

— Porra. Olhei para Leonardo e ele estava com os olhos fechados, a água caindo pelo seu rosto. Me afastei dele e o abracei, ele me abraçou de volta, as mãos no meu corpo. Peguei um sabonete e passei em nós ligeiramente, saímos rápido e fomos para a cama. Minhas pernas estavam trêmulas, havia sido uma explosão.

Leonardo deitou e me puxou para ele, beijou o alto da minha cabeça, mas não dizia nada. De repente me bateu uma insegurança. Coisa boba sabe?

— Leonardo? Tá tudo bem né?

— Mais que bem, eu diria. Por quê?

— Sei lá. Vai que você decide amanhã que não gosta de pessoas de aquário.  Leonardo riu e olhou para mim, escorando o corpo no cotovelo. 

— Gosto de pessoas de aquário.

— Você é de peixes?

— O que tem a ver?

— Peixes e aquário combina né? Um fica dentro do outro. Leonardo riu de verdade agora, acho que nunca vi uma pessoa rir tanto assim.

— Caio, você definitivamente não entende nada de signos. E isso é tão de aquário. 

— Mas é porque realmente não existe a menor lógica. Desculpa, mas não existe.  

— De futebol você gosta?

— Um monte de gente correndo para lá e para cá atrás de uma bola?

(… ) E foi assim, amigue, que eu conheci o Léo, alguns anos atrás. Ah! E se você quer saber, ele é de Leão.

Texto por: Madame Tê

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