Moro em Paris para fazer minha especialização em gastronomia e agora com as Olimpíadas parece que ando ouvindo mais português do que francês. E eis que num café no coração de Párri ouço o seguinte diálogo:
— No café lá do bairro, um café melhor que esse metido a besta aqui e é um terço do preço. — um homem disse ao telefone. Ele era gatíssimo, tinha cara de inteligente, a barba e o óculos reforçavam essa impressão. Ele desligou logo e decidi falar com o gato mal-humorado.
— Não é o café, é a experiência. — Se quer um café decente tem que ir para o outro lado do Sena. - puxei assunto.
— Então tô doido. — o reclamão falou, tomando o café dele. Ele olhou pra mim e sorriu, um sorriso genuíno. Já tinha achado ele bonito, agora só melhorou.
— Veio pras Olimpíadas também? — ele perguntou interessado.
— Moro aqui, vim estudar. Você é atleta? — perguntei.
— Nada. Sou editor de áudio pra um canal no youtube. Meu nome é Afonso. — ele disse. — Senta comigo, deixa eu te pagar um café caro e pretensioso nesse lugar instagramável e superestimado.
Eu ri e fui pra mesa dele.
— Não gostou mesmo daqui? — disse tomando o café que na minha opinião era ótimo. — Talvez você não entenda muito de café, eu estudo culinária e acho o café aqui bem-bom.
— Pode ser isso, sou só um miserável da seita do café forte e sem açúcar. Me falta finesse. Disposta a me dar uma aula, Adriana.
— Meu nome não é Adriana. — respondi levantando a sobrancelha.
— É que você não me disse, então resolvi chutar. Tinha uma boa chance de acertar, vai. — ele falou piscando.
— Com certeza. Tenta de novo. — provoquei.
Ele me olhou, pegou minha mão, levou aos lábios e virou o punho que tocou suavemente, inspirando.
— Manuela. Você tem cheiro de Manuela. — decretou e eu sorri.
— Acertou. — eu disse e ele fez uma cara de espanto.
— Sério? — perguntou.
— Não né.
Nós ríamos e batemos papo um pouco, depois ele olhou no relógio e disse:
— Preciso estar na frente da Pride House até às 19. — Consigo pegar um táxi aqui perto?
— Como você me pagou esse café pretensioso, coloco você num táxi e você estará lá na hora certa. Ainda tem um tempinho. — falei já que ainda faltava para às 18h.
— Perfeito! — ele disse. — Mais café? — ele ofereceu fazendo sinal para o garçom.
— Prefiro ir, a gente caminha um pouco e você me fala do seu trabalho. — disse interessada nele, a personalidade dele me atraia.
Afonso pediu a conta e fomos caminhando pela rua. Ele falava do trabalho dele de maneira apaixonada e perguntou sobre os meus estudos, expliquei tudo e logo estava rindo do humor rápido e cínico dele.
Preciso confessar que homens engraçados conseguem baixar minha calcinha mais rápido que um atleta no revezamento 4X100 e me peguei pensando se o youtuber bonitão era bom no manejo da espada a ponto de entrar no meu pódio. Fiz silêncio um instante e parei na calçada, Afonso parou e olhou para mim, aguardando.
Me aproximei dele e dei logo um beijão. Afonso me abraçou, uma mão firme na base da minha coluna e a outra na minha nuca, me mantendo próxima a ele. Ele massageava meu pescoço enquanto a língua tocava a minha e os lábios macios intensificavam o beijo. Foi um beijo longo que nenhum dos dois parecia disposto a encerrar, mas fui obrigada para poder tomar fôlego. Um beijo e eu tinha ficado de pernas moles.
— Caralho. — ele falou e eu pude perceber que ele estava duro, o volume era indisfarçável. — Tô me sentindo um adolescente, doido pra te beijar mais e desesperado porque não tem lugar nem tempo. — Afonso falou me beijando novamente, me encostando na parede de um prédio qualquer na luz do entardecer de Paris.
Afonso rebolou, o pau duro dele encaixando na minha xota e eu suspirei quando a pressão tocou meu grelo no lugar certinho.
— Hummmm. — gemi no ouvido dele, me entregando aos beijos e carícias que ele me fazia. Os dedos leves na lateral do meu seio e a mão apertando minha bunda, puxando ao encontro dele.
— Você pode ir comigo? Ver a gravação e depois sair pra beber alguma coisa? — ele perguntou, a barba roçando meu pescoço.
— Lembra que disse que tem que ir para o outro lado do Sena para tomar um café melhor? — perguntei tomando uma decisão.
— Tudo bem, a gente vai. — ele respondeu me beijando de novo e mordendo meu lábio inferior de um jeito delicioso.
— Sabe porque eu tomo café aqui ao invés do outro lado? — perguntei me afastando um pouco e vendo ele sorrir.
— Surpreenda-me Cecília. — Afonso falou.
— Meu nome não é Cecília. — falei dando um tapa de brincadeira no ombro dele. — E eu moro ali. — apontei com a cabeça, eu morava naquela mesma quadra.
Afonso olhou pra onde eu apontava e depois para mim novamente. Me deu mais um beijo e depois a mão.
— Aceito seu convite. — ele piscou, atravessamos a rua rápido e cheios de tesão.
Eu não tinha nem falado meu nome pra ele, eu não o conhecia e estava determinada a levar ele pro meu apartamento para praticar “salto na vara”.
Subimos o lance de escadas e abri a porta, entramos e ele me prensou na parede, fechando a porta com chave. Nada dizíamos, eu passei as pernas pela cintura dele e vi ele abrir o jeans, colocando o pau duro pra fora.
Eu sequer o toquei, apenas puxei minha calcinha pro lado e senti o pau dele entrando forte e fundo. Medalha de ouro no tiro ao alvo: acertou de primeiríssima.
Afonso ficou parado um instante, mas eu rebolei para entrar mais. Meu coração estava disparado, era um desejo urgente de ter ele dentro de mim e de gozar.
— Annnnn. — gemi quando ele começou meter e beijar, olhando no meu olho, um olhar intenso de profundo desejo. Eu passava as mãos pelo peito dele, queria ele nu.
Poucos minutos tinham se passado quando ouvi Afonso ofegando, prestes a gozar. E sem desviar os olhos de mim por um instante sequer, ele intensificou o beijo, lambendo minha língua e gozou. Senti a pulsação, e ouvi ele gemer.
— Porra, que delícia você. — ele falou me soltando e coloquei os pés no chão, um tiquinho frustrada. Eu não tinha gozado e estava com tanto tesão! Sacanagem.
Afonso me beijou novamente e vi que ele olhava as horas.
— Quanto tempo a gente demora daqui até a Pride House? — perguntou.
— Não muito. — respondi olhando pela janela.
— Ótimo. — ele respondeu se aproximando de mim novamente e ouvi ele dizer. — Vou te dar um banho rapidinho pra você me acompanhar. Me leva ao banheiro.
Sorri e fomos para o banheiro e pude ver Afonso nu pela primeira vez, ele era delicioso. Ele tirou meu vestido e me beijou, descendo por todo o corpo. A língua na minha pele, provocando, estimulando. De joelhos na minha frente Afonso abriu minha buceta e lambeu, esfregando a língua no meu grelo e depois sugando, mantendo entre os lábios e passando a língua na pontinha.
— Annnnnn — gemi rebolando. Ele sabia o que estava fazendo.
Afonso continuou chupando enquanto enfiava dois dedos dentro de mim, eu rebolava e ele se encaixava em mim perfeitamente. Coloquei um pé na coxa dele e ele aproveitou o ângulo para enfiar a língua no meu cu, dois dedos esfregando meu grelo loucamente, mais rápidos que finalista de ping pong e eu senti o gozo se aproximar.
— Ahhhh assimmm, não para Afonso. — pedi trêmula e ele não parou. — tô gozando, tô gozando. — falei sentindo o corpo ir ao céu e voltar. — Porra. Quero mais. — pedi sedenta, o corpo naquela espiral de orgasmos múltiplos que nós mulheres conhecemos.
— Vem cá. — ele baixou a tampa do vaso e sentou. - Senta em mim. — ele disse, duro novamente.
Sentei e comecei a cavalgar, as unhas cravadas nas costas dele. Ele me olhava e gemia, suspirando embaixo de mim e eu rebolava no meu ritmo, uma amazona domando seu garanhão e tirando o melhor dele.
Eu rebolava rápido, o pau dele estocando minha buceta com força, do jeito que eu gostava. Meu grelo roçava nos pelos dele e eu senti o gozo se aproximar novamente, dessa vez mais forte, dessa vez fatal.
— Annn annn annn tô gozando, tô gozando! — falei segurando os braços dele e mordendo o ombro dele com força, ele se manteve firme embaixo de mim até eu parar de tremer. — Delícia. — disse beijando ele que se levantou. — Você gozou também? — perguntei e ele fez que não.
— Agora não, mas encare como aquecimento: eu gozei primeiro, depois você duas vezes. Não só eu preciso empatar como a gente precisa do desempate. Vem comigo mais tarde? Diz que sim, Sandra.
Afonso pediu estendendo a mão e eu ri.
— Meu nome é Gisele.
— Era meu próximo palpite.
Afonso disse me beijando, me puxando para ele, para o fim da nossa tarde e o começo da nossa história de tesão nas Olimpíadas de Paris.
Texto por: Madame Te
Que tal seguir o nosso podcast e receber notificações a cada nova publicação? Assine o nosso canal no ITunes ou Google Play, é grátis! Clique no ícone abaixo para assinar.
Deixe um comentário