O relógio estava quase dando dez da noite e eu olho em volta, avaliando o ambiente. É um quarto barato de motel, mas não precisamos de mais que isso para nos divertirmos, e com certeza, a diversão está garantida essa noite.
Cris dispensou minha carona, viria com motorista de aplicativo. Por mim tudo bem, não me importa, realmente. Com tanto que ele esteja aqui na hora combinada, ok.
Como se esperasse uma deixa, vejo um farol refletir e me sinto ansiosa, o carro para e logo em seguida recebo uma mensagem curta: estou aqui. Respondo que a porta não está trancada e ouço a maçaneta girar. Ele chegou e bem na hora, passo a olhar para o relógio para conferir o horário.
– Lilian... – Ele diz afetuoso se aproximando de mim, se inclinando para receber um beijo, que nego fazendo um sinal de negativo com o dedo indicador.
– É assim que você fala comigo, Cris? Tsc tsc tsc... Que decepção. – Falo com a voz baixa, não mais que um sussurro na noite escura e na semi escuridão em que nos encontrávamos.
– Madame Lilian. Foi um lapso. – Ele conserta, voltando a se inclinar.
Dessa vez eu o beijo, um gosto suave de alecrim e sálvia, misturado ao aroma amadeirado da colônia que ele sempre usava quando queria me agradar.
– Você está gostoso assim, mas vejo potencial para melhorar, Cris. Trouxe uma coisinha para você, está na cama.
Observo ele ir até lá e pegar com cuidado a cueca jockstrap que eu tinha deixado ali. Cris era grande, mas eu tinha certeza que era o tamanho certo. Sentei numa cadeira ali disposta e fiquei olhando ele tirar o sapato, a calça, a camisa e ficar, então, nu, a não ser pela jockstrap preta que usava. Que deixava em evidência o local onde eu mais queria entrar, a bunda dele.
– Agora sim. Perfeito. – Cris, você está perfeito. Mas eu estou vestida demais, venha aqui e tire minha roupa.
– Agora. – Ele respondeu se aproximando, tirou a camisa branca que eu usava, o harness sobre a pele e o sutiã davam um ar sexy que eu sabia que iria atraí-lo. – Madame, você está usando couro?
– Couro vegano, meu bem. – Falei tocando o rosto dele com suavidade. – E trouxe uma coisa para você também.
– Mais uma? – Perguntou ansioso.
– Sim. – De dentro da minha bolsa que estava em cima da mesinha, peguei um choker preto, em couro, com lindos detalhes que combinavam com o tom de pele dele. – Aqui, deixa eu colocar em você.
Ele se abaixou e eu prendi o fecho no pescoço dele, passando minhas mãos pela pele macia dele, a barba cheia, gostosa de tocar. Gostoso demais. Nos beijamos por um longo tempo, ele tirou meu sutiã e meus seios ficaram nus sendo tocados apenas pelas tiras de couro do harness. Eu usava uma saia rodada, e ele passava as mãos pela minha bunda, apertando por cima do tecido da minha calcinha, enfiando os dedos por dentro, procurando minha pele.
Eu fazia quase os mesmos movimentos, minhas mãos nas coxas fortes dele, minhas unhas se enroscando nos pelos, sentindo a dureza do pau dele e a gula que o cuzinho dele demonstrava. Tocar ele ali era uma delícia, eu enfiava, ele gemia rebolando, recebendo meu toque com ânsia. Desejando.
– Gosto demais disso... – Cris falou, os olhos fechados, a cabeça para trás, os lábios abertos, nitidamente curtindo o momento.
– Gosta, é? Pois tenho mais para você. Deita Cris, deita ali quietinho, barriga para cima e pernas abertas.
Cris obedeceu, e quando ele estava posicionado do jeito que eu queria, abri minha saia e tirei, ficando apenas com meu harness e meu strapon preferido, um modelo calcinha que que criava uma transparência em minha bunda e que formava um visual super sexy. O cabelo preso num coque, dava o toque final. Subi na cama, sentei nele, uma perna de cada lado daquele corpo gostoso, me inclinei e beijei aquela boca, cheirando o pescoço, mordendo o ombro, os braços... Descendo minhas mãos por ele e tocando as coxas.
Ele estava tão duro que a cueca não mais comportava o pau, tirei de lado e ele estava úmido, pingando de desejo. Coloquei o pau dele na minha boca e ouvi ele gemer... Perdido na sensação. As pernas abertas, terminando naqueles pés grandes com dedos se contorcendo Quase não dava para ficar mais perfeito que aquilo. Quase. Mas eu gostava de surpreender.
– Embaixo do travesseiro tem mais um presentinho para você. Pega.
Cris colocou a mão por baixo do travesseiro direito e sacou uma par de algemas. Eram lindas, e assim como o harness e o choker, eram de couro.
– Segura a cabeceira da cama. – Falei para ele, que obedeceu, novamente sem perguntas ou hesitações.
Prendo os pulsos dele na cabeceira da cama, beijando os braços, lambendo como uma gata e mordendo sempre que o achava relaxado demais. Provocando, fazendo ele se mexer embaixo de mim, meu grelo sendo pressionado pela pele dele. Só isso e a visão daquele macho de olhos fechados gemendo seriam suficientes para me levar ao orgasmo. E como eu estava precisando gozar... Que vontade dele. Meu corpo vibrava em expectativa. Fiquei de pé, uma perna de cada lado do quadril dele, os braços presos, o choker no pescoço.
Pau pra fora, a jockstrap puxada de lado, as pernas peludas , os pés másculos descalços. Me agachei sobre ele, tocando uma punheta, bem sentada nele, o pau batendo no meu grelo com o movimento da minha mão, Cris gemia e rebolava, empurrando o quadril para cima, querendo mais, desejando. Me abaixei e continuei a punheta, a cabeça macia do pau dele pressionando meu grelo no ritmo das minhas mãos, Cris gemia e eu suspirava, ofegante, curtindo aquele momento e sentindo o gozo se aproximar. Lento e morno, explodindo quente dentro de mim, meu ventre pesado, as coxas tremendo. Cris gemia... Baixinho a princípio e depois mais alto. Ofegando, eu via o tesão em seu rosto, eu podia ver seus músculos tensos. Ele estava pronto para mim.
– Pronto para mim, Cris? Fala o que você quer.
– Por favor, Madame.
– Por favor o que?
– Me come, por favor. Agora...
– Se é o que você quer... – Falei sorrindo, sabendo exatamente o que fazer em seguida.
Peguei na mesinha da cabeceira o dildo que eu tinha deixado separado, era um modelo em silicone, macio e com uma textura suave que massagearia o coolzinho dele enquanto eu o comesse. Coloquei ele no meu strapon e... Encaixe perfeito.
– Levanta as pernas. – Falei e sequer precisei esperar, ele levantou e abriu, um V perfeito.
Chupei a bunda dele, o cool, apertando o saco, sondando ele com meus dedos urgentes.
– Não vou aguentar.... – Ele falou gemendo e eu pude perceber a respiração dele mais forte, mudando.
Caralho! Será que nem ia dar tempo de meter? Dei uma segurada nos movimentos, mas ele rebolava, tentando me fazer entrar mais nele. Teria que me apressar se quisesse o cool daquele homem antes dele gozar. Me inclinei sobre ele, me posicionando entre as pernas dele. Segurei o seu pescoço pelo choker, mordendo o pescoço e falei no ouvido dele:
– Apoia as pernas nas minhas costas.
Cris apoiou e rebolava me procurando, eu posicionei o dildo na bunda dele, sem meter, lambuzei de lubrificante e meti de um vez, puxando o pescoço dele para mim, controlando ele em cima e em baixo. O gemido dele se transformou praticamente num uivo. Ele rebolava e eu puxava, metendo forte o quadril firme contra o dele, nós dois perdidos um no corpo do outro. Totalmente entregue as sensações.
-Ah... Ah.... AHHHHHH.... – Cris gemia, os olhos fechados mordendo os lábios, tentando conter o grito de tesão, meu tesão também aumentando, incontrolável.
– Goza Cris.... Vai.... Goza....
– Assim... mais... mais...
Soltei uma das mãos do pescoço dele e massageei o pau, fazendo ele se retorcer embaixo de mim. Ele explodiu num gozo intenso e barulhento, gemendo e falando meu nome, o coração batendo tão alto que eu quase podia ouvir. Eu estava quase gozando de novo e fiquei agachada sobre o rosto dele, puxei o strapon de lado e ele meteu a língua ali, mamando meu grelo inchado de prazer, fazendo eu encontrar novamente o gozo e gozar segurando a cabeceira da cama, rebolando de encontro ao rosto dele.
Olhos fechados, respirações normalizando, deitei ao lado dele e me lembrei de soltar as mãos de Cris. Ele me abraçou, eu descansei meu rosto no peito dele.
– Gostou dos meus presentes? – Perguntei olhando para ele.
– Muito. – Ele passou os dedos nas tiras do meu harness. – Sério que é vegano?
– Claro! Legal né?
– Demais. Era uma coisa que eu sentia falta, o couro.
– Ah mas eu sempre me preocupo com você, meu bem.
– Verdade! Preocupa mesmo.
Me deitei de barriga para cima, os braços atrás da cabeça.
– E agora levante, e trate de me servir algo para beber, estou sedenta.
Cris sorriu, se levantou e foi me trazer algo para beber.
– Seu desejo é sempre uma ordem, Madame.
– Bom menino... Sorri, mordendo os lábios. Olhando para ele e esperando.
A noite era uma criança e eu e Cris fomos feitos para brincar.
Texto por: Madame Te
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