Aquele 24 de Dezembro parecia igual a qualquer outro dia do ano. Regina acordou às 7 horas da manhã e, ainda de pijama, desceu as escadas do sobrado em que morava com o marido. Ao chegar à cozinha, lembrou-se que não havia lavado o rosto, então prendeu os cabelos com um elástico de tecido cinza, abriu a torneira da pia da cozinha, molhou as mãos, o rosto e a nuca, mas não secou. Encheu com água um fervedor de inox e o apoiou nas grelhas do fogão impecavelmente limpo. Organizou mecanicamente os utensílios para preparar o café da manhã na bancada, o filtro de café, as espátulas e a tigela para preparar panquecas de banana com canela, e por fim, os ingredientes. Quando a água ferveu, ela dispensou o líquido sobre o pó de café dentro do filtro e o aroma se espalhou pela casa.
A campainha tocou.
Ouviu um pisotear começar no andar de cima, seguir até as escadas e descer desesperado até chegar à porta da frente. Júlio, ainda de samba canção, foi apressado até o portão e recebeu do carteiro uma caixa discreta, depois de assinar o recibo. Pela janela, ela o observou trancar o portão e retornar para o interior da casa, quando seus olhares se cruzaram por um momento, enquanto ele encostava a porta lentamente. O clima de desconfiança que ficou no ar podia ser cortado com uma faca.
Ele seguiu lentamente para o andar de cima torcendo para não ter sido visto, enquanto ela permanecia estática, processando aquele exagero de movimentos e ruídos acontecendo diante dela tão cedo. Apesar da lentidão para raciocinar de manhã, dentro dela surgiu uma fagulha de curiosidade, mas ainda não havia despertado completamente. Antes de começar a preparar as panquecas, ela se sentou à mesa na cozinha iluminada pelo sol clarinho da manhã, segurou sua caneca grande de café quente, e abriu sua agenda para organizar os afazeres do dia.
CARALHO, JÁ É NATAL!
Ela deixou para trás o café e o caderno aberto e subiu correndo as escadas. Ao chegar ao quarto, Júlio estava sentado sobre a cama, repousando as costas na cabeceira estofada de veludo cinza, enquanto lia as notícias do dia em seu iPad.
— Onde está? Onde está o pacote? — ela perguntou aflita.
Ele olhou para ela com atenção por alguns instantes, e então olhou indiscretamente para o seu pau duro marcado sob o tecido fino da samba canção xadrez.
— Engraçadinho! Não tente me distrair com essa piroca gostosa. Onde está o meu presente?
— Que presente?
— Como ‘que presente’? Meu presente de Natal!
— Ah, esse presente. Mas ainda não é Natal…
— Ah Juliô, todo ano a mesma coisa? É claro que é Natal! Se a ceia vai ser hoje, posso receber meu presente hoje.
— Não senhora. O momento certo para abrir os presentes é na manhã do dia 25 de Dezembro, e hoje ainda é dia 24. Aquela discussão poderia levar horas.
Júlio era a única pessoa tão teimosa quanto Regina e capaz de vencê-la pelo cansaço. Mas depois do que havia acontecido no seu aniversário meses antes, ela estava preparada para dobrá-lo.
— Tudo bem. Já pensei numa alternativa para resolvermos esse impasse — ela pegou seu celular, que estava sobre a cômoda do quarto, e continuou explicando sua estratégia com tranquilidade, enquanto digitava — Depois do que você me fez passar no meu aniversário, eu decidi usar uma nova abordagem para que aquilo nunca mais se repita.
Ele permaneceu atento, e curioso.
— Esse ano, criei pra você, um presente de Natal com 7 camadas… isso mesmo: SETE… e a cada tentativa de me enrolar, uma das camadas do seu presente vai cair como a casca de uma cebola velha. Para cada empecilho que você colocar entre mim e o meu presente, vou tirar uma das setes peças do seu presente.
— Você está blefando… — ele respondeu desconfiado.
A tela do iPad no colo dele acendeu com a chegada de uma notificação de mensagem. Ela permaneceu olhando fixamente para ele e insinuou com a cabeça que ele olhasse que mensagem era aquela.
Ao abrir o WhatsApp, ele analisou estarrecido uma foto dela deitada sobre a cama, usando apenas uma lingerie super sexy, uma máscara, um conjunto de harness e algemas pretas. E, como se ela tivesse planejado cada movimento dele, Júlio ficou de joelhos sobre o colchão pedindo que nenhuma camada se soltasse daquele presente maravilhoso.
— TARDE DEMAIS — ela gritou — Parte desse presente você já perdeu, para aprender a parar de ser mesquinho e se divertir com meu sofrimento.
— Peraí — ele elevou o tom de voz olhando para a tela do gadget — Quem tirou essa foto sua?
— Não se atreva a tentar virar o jogo, meu querido! Você não é o único tripé nesta casa — ambos olharam para o acessório encostado na cômoda, onde também estava a câmera fotográfica — e já que você gosta de se apegar aos detalhes, se você olhar bem para a foto, vai ver um detalhe fofo, bem pertinho dos meus pés.
Com receio, ele olhou novamente para a tela do aparelho e confirmou incrédulo o requinte de crueldade de que Regina era capaz: o controle do PlayStation dele estava ao lado dos pés dela, testemunhando o que seria o início da putaria mais gostosa daquele ano.
— Isso mesmo! Eu sequestrei o seu controle! E ele será a última camada do seu presente. A primeira camada já foi, e se você tentar me enganar mais 6 vezes, ficará sem jogar seu videogame PARA SEMPRE! Ou até poder comprar um novo.
Júlio não se conformava que sua brincadeira natalina poderia se tornar seu pior pesadelo.
— Tudo bem... por favor, se acalme. Você não quer tomar uma atitude de que possa se arrepender depois. Nós sabemos como isso vai terminar, então vamos nos acalmar, e conversar de maneira civilizada. Eu tenho uma proposta.
— Ah querido, você não entendeu ainda. Você não está em condições de negociar. E te aconselho a fazer tudo o que eu mandar, antes que eu perca a paciência e comece a retirar as camadas aos pares. Agora eu vou ao toilette para me preparar para receber o meu presente em grande estilo, e quando eu voltar, quero encontrar você com ele nas mãos, preparado para desembrulhar. O presente e sua rola. Porque eu tenho planos maravilhosos pra você hoje.
Quando retornou do banheiro, Regina estava vestida exatamente como na foto: escarpins de verniz preto com saltos finíssimos, meia-calça 7/8, calcinha fio dental e sutiã tomara-que-caia, com o harness preso ao pescoço e à cintura e segurando numa das mãos as algemas. O look “All Black” estava completo, com exceção da cinta liga, é claro, a primeira camada perdida por Júlio naquele jogo sensual.
Júlio, por sua vez, estava ajoelhado na cama, vestindo uma sunga preta apertada, daquelas que deixam a bunda exposta, e segurando nas mãos o presente de Regina, posicionado como se estivesse fazendo uma oferenda à Grande Deusa. Ele segurava a caixinha rosa da Pantynova, ornamentada com uma ilustração lindíssima, bastante instrutiva a respeito do seu conteúdo tesudo.
Regina ficou com a boca cheia d'água e quase se desconcentrou da persona que encarnava naquele momento, mas se recompôs, quase imediatamente. O presente esse ano, seria para os dois.
— Abra! — ordenou ela.
E como num ritual religioso ancestral, ele abriu a caixa de cujo interior pôde-se ver os primeiros reflexos reluzentes de um plug anal com acabamento cromado dourado e com uma incrustação de uma pedra violeta na base, uma verdadeira jóia. Os olhos de Regina brilharam ao ver pela primeira vez, ao alcance de suas mãos, o cetro da Rainha do Sexo. E estava sendo ofertado a ela, como uma demonstração de respeito e, acima de tudo, de confiança.
Enquanto Júlio se mantinha em posição de reverência com a cabeça baixa e as mãos estendidas segurando a caixa que continha o bastão real, Regina foi até janela aberta do quarto e retirou com cuidado o pisca-pisca que a contornava por fora, como parte da decoração de Natal. Em silêncio absoluto e com ar misterioso, fechou as cortinas para garantir privacidade durante o ritual sagrado do "Pisca-pisca Cú".
Regina se aproximou de seu súdito, com o pisca-pisca enrolado no pulso esquerdo e com a ponta pendurada entre os dedos, retirou o cetro de dentro da caixa com a mão direita e o ergueu levemente. Júlio a encarou e aguardou ansioso pelo comando. Quando a Rainha girou suavemente o objeto, ele colocou a caixa na mesinha ao lado da cama e se deitou com o peito para cima e com os braços abertos. Ela se aproximou e amarrou os pulsos do rapaz nas barras laterais de madeira da cabeceira, utilizando o pisca-pisca que depois ligou na tomada, acendendo as amarras cintilantes. As algemas presas no pulso direito de Regina, ela tirou e depois prendeu nos tornozelos de Júlio.
Após a preparação, Regina iniciou o ritual desempacotando o pau latejante de Júlio, já excitadíssimo com a expectativa do que estava por vir. Abaixou sua sunga, revelando um pau grosso e um saco maravilhoso. Quando puxou a pele que cobria a cabeça daquela piroca tesuda, ela viu a primeira gotinha marota apontando para fora e denunciando o entusiasmo do boy, então ela iniciou uma chupada fenomenal começando lentamente pelas bolas, subindo pelo corpo da jeba e culminando num boquete gostoso e molhado. Tão gostoso que ela mesma já começava a escorrer por entre as pernas. Esse momento mágico era o ideal para iniciar a segunda parte da cerimônia. Ela pegou o plug anal dourado e enfiou pouco a pouco na pepeca, gominho por gominho, ajoelhada na cama de frente para o marido, deixando o homem se contorcendo de desejo. De repente, ela começou a tocar uma siririca safada olhando nos olhos dele, massageando o clitóris com vigor, enquanto fazia movimentos para frente e para trás com o instrumento, massageando o seu Ponto G.
Ela gozou gostoso, deixando o bastão ainda mais molhado, o que garantia a realização da terceira parte do ritual. Quando o plug já estava bastante escorregadio, ela o retirou de dentro de si, quase satisfeita, preparada para realizar por completo seu desejo: Regina olhou Júlio nos olhos fixamente, os olhos dele lacrimejavam e o suor escorria pela sua testa e pelo seu peito.
— Está na hora de saber se o frango dessa ceia gostosa está no ponto — disse ela enquanto levantava as pernas algemadas do rapaz, deixando-o em posição de frango assado. Aos pouquinhos, com muito cuidado, ela enfiou o plug metálico no cú do marido, que gemia e se movimentava cada vez mais frenético, estimulando a próstata cada vez mais, até ejacular tanta porra que se espalhou por sua barriga, preenchendo seu umbigo e escorrendo pelas laterais até alcançar os lençóis.
Diante dessa cena maravilhosa, de completa entrega masculina para satisfação dos desejos da mulher, Regina se aproximou da cabeça dele, que repousava sobre os travesseiros, apoiando um joelho de cada lado e sentando a boceta molhada na cara dele.
— Me chupa gostoso — ordenou, colocando as mãos no topo da cabeceira e segurando com força.
Ele a chupou num misto de tesão e fúria, com muita vontade, sugando seu grelo e friccionando de leve a língua nele, depois lambendo a pepeca de frente para trás e de trás para frente enquanto ela rebolava gostoso na cara dele, até ouví-la gemer alto e sentir escorrer o líquido místico da xoxota por entre seus lábios.
Regina deitou-se ao lado do marido e se aninhou em seu peito, sentido-se muito satisfeita e sortuda por ter um marido que acolhe suas fantasias, o que lhes permite compartilhar de momentos tão intensos de prazer e intimidade, sem julgamentos, nem preconceitos.
E esse era o melhor presente de Natal que um poderia dar ao outro.
Texto por: Isabel Loffá
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