A época do Ano Novo é entendida por muita gente como um período de descanso merecido, depois de um ano inteiro de trabalho. Mas não para uma empreendedora como eu. Como a boa Capricorniana que sou, comecei minha carreira no comércio aos 14 anos, trabalhando durante as férias na loja da minha família. E não foi por obrigação, não! Naquela época meu pai sempre me dizia duas coisas: a 1ª era “aproveite as férias para se divertir agora porque você vai ter a vida toda para trabalhar", e a 2ª era “essa menina vai longe”. E eu fui. Hoje, eu sou responsável pela administração de uma rede de perfumarias da minha família.
E para quem ainda acredita no clichê da mulher que não sabe conciliar trabalho com vida pessoal, eu sou bastante presente para minha família e amigos, e principalmente, para o meu namorado. Joaquim é português e mora no Porto e, sempre que possível, nos encontramos para passar um fim de semana aqui ou lá.
Porém, depois de um ano tão complicado e controverso como foi 2020, percebi como a capacidade de adaptação é o que garante nossa sobrevivência. Na terapia, consegui resignificar a saudade da família e dos amigos, entendendo a importância da distância física para a preservação da saúde de todos nós, e entendi que a tecnologia está aí para nos garantir a proximidade e a troca de afeto. Meu namoro com o Joaquim se fortaleceu ainda mais porque, trabalhando de casa, tivemos mais liberdade para nos comunicar com mais frequência, inclusive para darmos uma rapidinha virtual quase todos os dias na hora do almoço.
Agora, cá entre nós, dentre todas as coisas que descobri durante esse ano, a mais interessante foi que, se já é fácil cair na rotina com sexo real, com sexo virtual e à longa distância, é mais ainda. E é por isso que eu sou grata por ser brasileira: lá pelo segundo mês da quarentena, uma amiga me indicou a Pantynova. Como uma mulher solteira e responsável, ela percebeu que não precisava de contatinhos para se satisfazer e começou a incrementar sua galeria de produtos eróticos, que já era bastante abrangente. Os relatos dela foram tão entusiasmados, que me animei para começar com um dildo, depois passei para um plug e hoje já tenho uma coleção inteira. Até minhas nudes ficaram mais interessantes com os harness e algemas que comprei por lá. E deu super certo! Sigo feliz, realizada com meu relacionamento a distância e SUPER SATISFEITA.
Como já contei pra vocês, a época de Ano Novo nunca foi um período de descanso para mim, até por ser um período de alta nas vendas, mas em 2020, depois de tantas emoções, eu decidi tirar um tempo para realmente me curtir e curtir meus amados. Pessoalmente? Na-na-ni-na-não. Ainda não é hora de relaxar nos cuidados e na proteção, vamos esperar só mais um pouquinho até que todes estejamos vacinades, até mesmo por respeito às pessoas que precisam continuar trabalhando. Fiz muitas lives pra participar dos preparativos das ceias, muita chamada de vídeo com a família toda, e muita putaria virtual com meu boy. E a surpresa que preparei para ele deixou ele de queixo caído, e vai deixar vocês também.
Tenho uma amiga desde a adolescência, a Camila, que se tornou minha maior confidente no decorrer dos anos, e que sempre passou o Natal com a família dela, mas o Réveillon era sagrado que passasse com a minha. E todos os anos, depois da ceia, toda a família permanece na sala enquanto ela e eu tiramos os pratos e vamos lavar a louça juntas. Essa é nossa desculpa para ficar na cozinha trocando confidências. Nós sempre fomos muito íntimas, contamos tudo uma para a outra, já até dividimos um namorado no passado, sem deixá-lo saber que nós duas sabíamos da infidelidade dele, é claro. Enquanto o patife acreditava que estava arrasando pegando as duas amigas escondido, nós fazíamos dele nosso brinquedo, até o dia em que a gente se pegou na frente dele e, depois de dizer que ele não era homem o bastante para dar conta de nós duas, terminamos. Mas isso é outra história e vai ficar para outro dia.
Esse ano, depois da chamada em grupo com a família inteira, ligamos imediatamente uma para a outra, para não correr o risco de outra pessoa nos chamar antes. Nós duas colocamos o celular apoiado na pia e conversamos enquanto lavávamos a louça, cada uma na sua casa. Levou pouco tempo porque cada uma só tinha a louça de uma refeição para lavar, por isso, depois de terminarmos, continuamos o papo enquanto eu me vestia para minha grande noite com o Joaquim. Eu apoiava meu celular na mesa de cabeceira, para ela assistir de camarote enquanto eu vestia o figurino para a grande noite e mostrava para ela os acessórios que eu havia preparado. De repente, uma chamada de vídeo dele apareceu na tela do meu notebook e eu avisei a ela que desligaria para começar a minha performance.
Conversei um pouquinho com o gato, mas só um pouquinho mesmo, e já parti para a ação. Por baixo de um conjunto de blaser, saia preta e de uma camisa branca com os botões fechados até o pescoço, eu estava usando um harness e nada mais. Meus cabelos estavam presos com um lápis num coque, pra ficar com uma cara bem profissional, já que esse ano, raramente tirei os itens de alfaiataria do guarda-roupa.
— Nossa, porque essa roupa tão formal?
— Hoje eu faço tudo o que você mandar — falei bem baixinho, enquanto tocava meus lábios pintados com batom vermelho.
— Ah é? Nossa que delícia… hoje você vai me deixar mandar então?
— Uhum… hoje você manda e eu obedeço…
— Então pode começar a tirar essa roupa toda porque eu quero ver mais dessa sua pele gostosa.
Indiquei pra ele nossa playlist safada no Spotify e comecei a fazer um strip.
— Nossa gata, que coisa linda ver você assim, preparada pra tudo mesmo hein — ele disse quando viu o harness começar a aparecer sob os primeiros botões da camisa que eu abri.
No chão, de frente para a cama e para a tela iluminada do notebook, eu dancei e rebolei devagar ao ritmo da música, enquanto tirava peça por peça. Depois de abrir todos os botões da camisa, revelando detalhes do harness sobre meus seios nus, eu tirei o blaser e o apertei contra o rosto, como se cheirasse o colarinho de um blaser dele, depois fiquei de costas para a tela e abri o zíper da saia, deixando-a cair no chão.
Só de salto alto, com a camisa branca aberta e o harness, eu apoiei as mãos sobre o banco encostado na parede de frente para a cama e empinei bem minha bunda pra ele ver que eu estava sem calcinha. Permaneci com uma mão no banco e com a outra eu acariciei suavemente minha bocetinha, depois coloquei um dos pés sobre o banco também pra abrir bem a minha bunda pra ele poder ver minha boceta e meu cu. Mexi um pouquinho nela e pensei em enfiar um dedinho no meu cu, mas achei melhor esperar mais um pouquinho pra deixá-lo na expectativa. Depois me virei de frente e me sentei no banco com as pernas abertas pra bater uma olhando pra cara dele na tela, babando de tesão. E por falar em babar, minha xoxota já estava bem molhada e o cheiro de sexo já tomava o quarto inteiro. Tudo isso me deixava mais excitada e batendo rapidinho eu dei uma gozadinha de leve que só serviu pra me deixar mais atiçada.
— Ah Mari, vem mais pertinho da tela pra eu conseguir ver mais dessa sua boceta e desse seu cuzinho.
Eu me aproximei em silêncio, peguei o notebook e o virei na direção da cabeceira. Foi quando ele viu o vibrador rabbit que estava sobre a cama esperando para o grande final. Os olhos dele brilharam. Arrumei os travesseiros pra me deitar bem confortável, com as costas apoiadas de uma forma que eu conseguisse olhar para a tela posicionada entre minhas pernas.
— Bate mais um pouquinho pra mim… isso… hummmm… nossa que coisa linda essa sua xoxota… toda molhadinha — ele parecia que ia babar, enquanto batia uma punheta com aquele pau grosso gostoso, me mostrando pra me deixar mais louca — isso, agora coloca um dedinho, gata… hummmm que tesão… coloca dois vai, pra abrir essa sua pepeca pra receber esse brinquedão que eu vou colocar dentro de você vai…
Eu só obedecia as ordens dele, e ele estava adorando a brincadeira, porque geralmente, quem manda sou eu.
— Agora aperta seu peitinho devagar, vai sua gostosa, como se seu estivesse aí pra chupar eles bem gostoso… isso… hum… agora chupa um dedinho seu molhado do suco da sua xota, vai… nossa que tesão, gata… isso… agora, faz de conta que esse vibrador aí é meu pau e vai colocando ele devagarinho na sua bocetinha vai, assim de frente pra tela porque eu quero ver tudo…
Enquanto eu ia colocando o vibrador, ele ia fazendo uma cara de doido, parecia que ele ia sair da tela e entrar no meu quarto. Eu só liguei o vibrador quando ele já estava dentro de mim pela metade. Ele não mandou, mas pra mim é um desafio ser dominada, então ele me dá esse crédito. Eu fiz alguns movimentos de vai-e-volta com ele, mas não esperei muito pra colocar mais, até o “dedinho” dele alcançar meu clitóris. O efeito desse vibrador é tão poderoso que ia me fazer gozar de novo em alguns instantes, e o Joaquim sabia disso.
— Calma, gata… quem mandou você se antecipar assim? Pode parar e respirar pra conseguir me acompanhar aqui. Olha pro meu pau enquanto você tá brincando aí, porque eu quero que você se imagine rebolando com ele dentro de você enquanto eu mexo de levinho no seu clitóris pra te deixar nas nuvens. Vai…
Nossa, a voz dele me deixou toda arrepiada, parecia que ele estava do meu lado. Eu segui as orientações e fui colocando de novo devagarinho o vibrador dentro de mim até ele tocar meu clitóris de novo, mas sem tirar os olhos do pau do meu namorado, que começou a aumentar a velocidade da punheta até que ele gozou, jorrando leite na barriga dele e o fazendo urrar de prazer.
Era minha vez, e vendo aquela cena linda, meu homem gozando na minha frente, e enquanto o rabbit vibrava dentro de mim e massageava gostoso meu clitóris, quem gemeu e se contorceu de tesão fui eu. Parece que aquela pausa que ele me mandou fazer intensificou o orgasmo. Foi maravilhoso. E, alguns segundos depois dos meus gemidos, outros gemidos seguiram os meus, numa voz muito suave, quase um sussurro.
E nós nos olhamos, achando aquilo estranho, mas sem tirar nenhuma conclusão, até porque estávamos um pouco atordoados pela gozada.
— Ai gente, desculpa. Não queria atrapalhar o momento de vocês, mas essa putaria toda estava tão tentadora que eu não resisti e assisti tudo.
Era a Camila! De alguma forma, quando eu apertei o botão lateral do meu celular para desligar, só apagou a tela, mas aquela voyer safada não desligou do lado de lá, continuando na chamada e, como meu celular estava apoiado no abajur sobre a minha mesa de cabeceira, ela assistiu tudo. Eu sou muito bem resolvida com minha sexualidade e com meu corpo, além do que, o ciúme não faz parte do meu repertório porque não acredito que as pessoas possam pertencer umas às outras. E o Joaquim conhece a Camila há anos e sabe o nível de intimidade que nós temos uma com a outra, ele também não se importou.
— De qualquer forma, depois você contaria pra ela em detalhes tudo o que nós fizemos essa noite, mesmo… então… me dêem um tempo pra me recuperar dessa gozada, e vamos tomar um vinho e conversar um pouco.
E nós rimos. Rimos muito. Os três.
Conversei rindo com Camila, rindo da situação, e depois Joaquim voltou pra se juntar a conversa, como prometido.
Essa, com certeza será uma cena da qual lembraremos pra sempre, e certamente rindo, todas as vezes
Texto por: Isabel Loffá
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