Marquei um café com a Talita na terça-feira passada. Nos conhecemos há pouco tempo fazendo aula de spinning na academia e nos identificamos por sermos totalmente viciadas na prática. Depois de tantos meses nos encontrando por lá no mesmo horário, rindo e sofrendo para se exercitar e, depois, nos arrumando juntas no banheiro para ir embora, no dia anterior comentamos de fazer alguma coisa fora da academia num dia qualquer e acabamos marcando logo para o dia seguinte.
Foi a própria Talita que escolheu o lugar, ela disse que uma amiga sua tinha um café com um quintalzinho super agradável e que fazia a melhor torta de banana da cidade. Por coincidência, além de frequentar a mesma academia, trabalhávamos no mesmo bairro. Marcamos nosso encontro para a hora do almoço. Talita é advogada em um escritório especializado em direito de família e eu sou gerente de projetos em uma agência de publicidade. A princípio, só tínhamos em comum o vício pela endorfina gerada pelo pedal. Mas, afinal, era para descobrir se seríamos amigas, que marcamos o tal encontro, né? E eu juro que nem pensava em nada mais do que uma nova amizade.
Eu cheguei primeiro ao café, e uns cinco minutos depois a Talita chegou e quase não a reconheci vestida com roupa formal. Estava acostumada a vê-la usando, a cada aula, um conjunto de short e top de lycra. Seus outfits de ginástica sempre contrastam com meus shorts de corrida e meu top escondido com uma regata solta por cima.
Talita entrou pela porta do café com uma saia lápis e um terninho preto, com uma regata de seda roxa por baixo. Estava bem bonita, com os cabelos soltos e um batom escuro combinando com a blusa. Ela abriu um sorriso quando me viu, pediu desculpas pelo atraso, me deu um beijinho em cada bochecha e se sentou, pendurando a bolsa na cadeira e perguntando se eu estava com fome. Seus gestos eram tão naturais que parecia que éramos amigas há muito tempo, o que me deixou mais à vontade para aquele encontro inusitado.
Logo o garçom nos trouxe o cardápio. Talita perguntou se sua amiga dona do espaço estava por lá, mas o garçom disse que ela não iria naquele dia. Ela, então, perguntou se eu gostava de cogumelos e disse que a quiche de shimeji com salada era a melhor coisa da casa, além da torta de banana, que ela fez tanta propaganda e que era o motivo de termos marcado nosso almoço lá. Dei uma olhada nas demais opções de comida, mas decidi aceitar a sugestão. Talita pediu a mesma coisa.
Enfim, pudemos chegar na parte do papo para nos conhecermos melhor. E Talita, com seu jeito despojado, começou.
- Que legal que conseguimos marcar esse encontro, Michele! Me conta de você, vai! Você trabalha em uma agência de publicidade, é isso?
- Sim, sou gerente de projetos e a gente cuida das contas de algumas marcas grandes.
- Legal, e você cursou publicidade?
- Na verdade eu fiz jornalismo, mas acabei mudando de área. E você, advogada, né?
Na hora em que perguntei sobre a profissão de Talita tive que me segurar para não soltar um “advogata”, porque estava completamente enfeitiçada pelo astral dela e como ela se movia enquanto conversava, às vezes encostando as costas na cadeira, às vezes se inclinando para a frente cruzando as mãos sobre a mesa. Ela tinha tirado o paletó e estava só com a blusa de alcinha, e seu movimento, enquanto conversava, ressaltava seus seios. Talita provavelmente usava um sutiã bem estruturado, porque eles pareciam bem desenhados pelo decote. Eu acompanhava com os olhos seu vai e vem e tive que me conter para poder ouvir a resposta dela.
- Pois é, já tinha te dito que trabalho com direito de família, né? Tem uns cinco anos que estou na área, passo o dia lidando com divórcios, guarda compartilhada, nada muito bonito. Mas é uma área que eu gosto. E você, me conta, tem namorado ou alguém?
- Não, estou solteira há dois anos, desde que terminei com minha última namorada.
- Hum!
Senti que Talita iria fazer algum comentário sobre eu ter dito que me relaciono com mulheres, porque ela ficou me olhando nos olhos fixamente com um sorrisinho preso no canto do rosto, mas não deu tempo porque nossa comida chegou. Agradecemos ao garçom e começamos logo a comer, afinal não teríamos muito tempo ali, tínhamos que voltar para nossos escritórios.
Entre um comentário e outro sobre o tempero e a textura da comida, Talita me olhava sem desviar enquanto comia. Fui começando a me sentir ameaçada por aquela mulher e, ao mesmo tempo, atraída, pela sua beleza, o que me deixou com um tesão repentino. Pensei, para mim mesma, em reprimir o que estava sentindo e o que se materializava na sensação de calor no meio das minhas pernas. Foi então que, quase que automaticamente, perguntei de volta:
- E você, é casada? Namora? Tem filhos?
- Imagina, acho que lido com tanto problema do tipo no trabalho que nem penso nessas coisas. A única coisa à qual sou fiel atualmente é a aula de spinning.
Rimos juntas da resposta. Talita, numa de suas movimentações, foi descruzar a perna para cruzar para o outro lado e acabou passando sua panturrilha na minha. Movi um pouco minha perna por reflexo, mas ela não pediu desculpas. Colocou uma garfada de quiche na boca sem desviar seus olhos do meu. Senti o calor subir do meio das minhas pernas até o meu rosto, fiquei um pouco envergonhada, dei um gole de suco e entendi, que, sim, estava rolando um clima entre mim e a advogada sensual e bem vestida.
Passei a mão no meu cabelo, para muda-lo de lado e jogar um charme, e também cruzei a perna por debaixo da mesa, fingindo roçar sem querer minha perna na dela. Mas não fui tão cara de pau e acabei pedindo desculpas. Talita respondeu que tudo bem e fiquei feliz, e isso só aumentava ainda mais meu tesão. Foi então que Talita reiniciou o diálogo:
- E antes de fazer spinnig, você fazia alguma outra coisa?
- Ah, eu sempre gostei de fazer yoga, mas estava precisando mudar um pouco de exercício e acabei indo para a academia.
- Que legal, eu nunca fiz yoga.
- É muito bom para o corpo, equilíbrio, alongamento.
- Imagino, sempre fico admirando sua postura enquanto a gente está na aula. E agora também, te conhecendo fora da academia. E você fica linda de decote. Aliás, fica ainda mais linda, porque na academia, mesmo com roupa de ginástica, sempre fico olhando como você é bonita.
- Nossa, obrigada! Não esperava receber esses elogios. Pois saiba que fico babando no seu corpo também.
Terminamos nossos pratos e a torta de banana chegou. Realmente era muito boa, a Talita tinha razão. A cada pedaço que ela comia, ela fechava os olhos, sentindo o prazer do doce. Eu já estava me segurando para não pular no pescoço dela e fazer ela delirar de outro jeito. Minha vontade era eu mesma colocar o doce na boca dela e depois ir lambendo seus lábios bem devagar, enquanto preenchia minha mão com um de seus seios.
Terminamos de comer, conversamos mais um pouco, com a mesma tensão no ar. Antes de nos levantarmos para ir ao caixa pagar, eu disse que iria ao banheiro antes de ir embora e Talita disse que também precisava ir. Fomos juntas. Ao chegar na porta do banheiro, eu ia entrando quando Talita chegou mais perto de mim e entrou junto comigo. Nem deu tempo de pensar ou questionar, ela me deu um super beijo na boca, segurando meu pescoço com uma mão e eu correspondi. Ela me prensou contra a parede enquanto nos beijávamos e colocou a mão por dentro da minha calça, sentindo que eu estava não apenas quente, mas também molhada.
Ela começou a mexer sua mão no meu clitóris e gemi baixinho. Puxei a blusa de seda dela de dentro da saia, levantei e chupei seu peito com muito gosto. Seus mamilos estavam duros e empinados. Talita levantou sua saia, abaixou minha calça e me virou de costas. Eu podia sentir seu calor na minha bunda enquanto ela enfiava seus dedos em mim e depois tirava, espalhando meus sulcos por toda minha buceta. Eu já estava super excitada, com meu grelo inchado. E não consegui segurar o gozo quando Talita levantou meu cabelo e deu um beijo bem molhado na minha nuca, raspando toda sua língua atrás do meu ouvido. Foi uma combinação matadora de arrepio e calor.
Me virei de frente para Talita e ela estava com uma cara de safada, sorrindo com um ar de satisfação de quem foi muito bem sucedida. E, de fato, ela tinha sido. Não pensei duas vezes e me ajoelhei. Segurando na cintura dela, puxei sua calcinha de renda preta para o lado, olhei rapidamente para sua buceta, e comecei a chupá-la. Foi então que ouvimos umas vozes se aproximando. Parei, mas sem desgrudar minha boca dela, então ela só segurou minha cabeça, num sinal para continuar. Enquanto ela segurava minha cabeça, comecei a movimentar minha língua mais rápido. Estava gostando de sentir o gosto de ameixa de Talita, ao mesmo tempo doce e azeda, enfiando minha língua dentro dela e arrancando seu suco.
As vozes eram masculinas e acabaram passando, deixando a gente com um pouquinho mais de tempo ali. Foi então que Talita foi me direcionando e comecei a chupar apenas seu clitóris e enfiei um dedo, depois outro e, por fim, um terceiro nela. E quando comecei a afundar mais meus dedos, ela teve um espasmo e segurou a boca para ninguém ouvir seu gozo. Olhei para ela, Talita me olhou de volta e começamos a rir, arrumando nossas roupas com pressa. Liguei a água da pia para o barulho disfarçar o que estávamos fazendo ali, ajeitei o cabelo e saímos do banheiro.
Talita fingiu que procurava algo na bolsa, que havíamos trocado no banheiro como se fosse “coisa de mulher”. Parece que funcionou, porque do lado de fora ninguém parecia perceber o que tinha acontecido. E assim voltei para o trabalho depois de uma trepada rápida e fatal no banheiro do café com a minha amiga da academia.
Texto por: Pérola
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