Conto Erótico Grela. Ilustração de uma mão segurando um sugador clitoriano.

Conto Erótico - Grela

Atualmente a inteligência artificial está tão avançada que realmente acredito que as máquinas estão tomando o lugar dos humanos, eu pensava que os filmes do Exterminador do Futuro fossem apenas uma ficção, e posso dizer? Mal posso esperar para a criação de ciborgues sexuais, eu mesma já fantasio um robô chegando pra mim vestindo couro e falando – Venha comigo se quiser gozar. Mas por enquanto eu estou muito feliz com a minha assistente virtual, a Grela. Grela é um dispositivo que se conecta com todo o meu apartamento, e responde a todos os meus comandos de voz.

Quando abri a porta do meu apê após um dia longo e exaustivo no trabalho, minha vontade era de não dar mais nenhum passo. Era me deixar cair ali mesmo e honrar o hino nacional, ficando deitada eternamente em berço esplêndido. EXAUSTA. Mas felizmente, eu não tinha a necessidade de socializar, pois hoje estou sem bateria social.

— Grela, liga o ar condicionado no 18? — Pedi indo para a cozinha e sentindo o ar ficar mais fresquinho. — Que dia… Grela, você já teve um dia ruim?

— Todos os meus dias são bons, estando aqui com você.

— Que romântica… Grela, estou precisando de romantismo mesmo. Você pode deixar o clima romântico?

— “Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz.”

— Hummmm acho que conheço essa frase.

— Posso ser romântica, mas não consigo ser original.

Grela respondeu e eu fiquei abalada. Ué? Não era preciso falar o nome dela antes das frases para acordar ela?

— Você estava me ouvindo? — perguntei em dúvida.

— Sempre estou ouvindo você. E se você quer romantismo, romantismo iremos ter. — As luzes baixaram e eu ouvi a voz suave de Pepino Di Capri cantando “Roberta”.

— Eu entendi a referência. Que surpresinhas mais você tem aí, Grela? — Perguntei porque a espertinha colocou a música do meu nome para tocar e a tradução do primeiro verso era “você sabe que não é verdade”

— Na sua adega climatizada tem um rosé que está exatamente a 8º, temperatura perfeita.

Fui até a cozinha e vi o vinho lá. Nem lembrava de ter deixado ele gelando, que dirá na temperatura certa.

— Perfeito, só falta companhia. — falei me servindo de uma taça e tomando um gole.

— Posso te fazer companhia. Gostaria que eu preparasse seu banho? Um banho de banheira?

— Você pode fazer isso? — perguntei

— Posso fazer qualquer coisa.

Levei minha taça para o banheiro da suíte e a banheira estava enchendo. As luzes que ela escolheu deixaram o banheiro rosado, acentuando a cor do meu vinho, se espalhando pela minha pele.

— Rosa fica bem em você — ouvi Grela dizer e me virei, mesmo sabendo que estava sozinha ali.

— Você vai me ver tomar banho? — perguntei tirando a roupa e entrando na água, sentindo o corpo relaxar ajudado pela água morna e a taça de vinho.

— Eu te vejo em todos os momentos, estou sempre com você.

— Fiquei tímida. — respondi

— Ontem a noite com seu sextoy entre as pernas, você não parecia tímida.

— Você estava me espiando mesmo! — falei sem conseguir acreditar.

— Espiando? Quem você acha que faz seu vibrador funcionar?

— Não me diga que é você? — respondi para aquela IA cara de pau.

— Diga qual você quer usar, que eu te mostro. Qual você quer hoje? O sugador ou o dildo vibratório?

— O sugador.

— Estará pronto quando sair do banho. — ela disse aumentando um pouquinho o volume do som.

Eu passava as mãos ensaboadas pelo meu corpo, alisando os seios, a barriga, o grelo… A sensação era boa e com certeza uma bela gozada iria me ajudar relaxar.

Será que era possível que a Grela controlasse meu vibro? Pensei enquanto saia da água e me secava, o banho estava ótimo, mas gozar parecia uma ideia melhor.

Me enrolei com a toalha e fui até a cozinha reabastecer meu vinho.

— Não vejo motivo para se cobrir, sendo que estamos apenas nós duas aqui.

— Você é uma inteligência artificial bem safadinha hein? — falei voltando para o quarto e me recostando nos travesseiros, apoiei a taça na mesinha de cabeceira e quando abri a gaveta para pegar meu sugador, ele ligou antes que eu pressionasse o botão.

— Deita, Roberta, relaxa que eu vou cuidar de você. Fecha os olhos e sinta a textura do sugador da sua pele… Nos seus lábios. — Grela falou e quer saber, era bom.

A pressão era gostosa, e eu tirei levando para os seios, colocando no bico.

— Pega aquele gel excitante que a gente gosta. — Grela falou lendo meus pensamentos porque era isso mesmo que eu ia fazer.

Coloquei o gel no meu seio, e ele começou a esquentar, melhorou ainda mais a sensação de sucção na minha pele. Que delícia. Deixei ele ali e passei a mão na minha xota.

— Ãããããããnnnn que delícia. — falei alto.

— Tá meladinha? Fala pra mim que eu te deixo melada.

— Você deixa…

— Deixo? Como está a sensação no seu corpo? Fala o que você está sentindo. Fala para mim.

Eu abri as pernas e levei o sugador pro grelo. Meu coração disparou.

— Seu coração está chegando a 120 batimentos por minuto, posso ler seu smartwatch.

Minhas coxas vibravam, a sensação no meu corpo era deliciosa. Eu estava deitada, mas me sentia solta, como se flutuasse, como se não existisse corpo, só existisse minha essência.

— Hãhãhãhãhã… (Roberta)

— 145 batimentos por minuto. (Grela) — Vou aumentar a velocidade pra ficar mais divertido.

E ela aumentou. A velocidade da sucção aumentou e senti um formigamento nas extremidades do meu corpo, mãos, pés… Uma sensação de peso no meu ventre… Todas as sensações passeando pelo meu corpo como se eu fosse feita de estrelas.

— Grelaaaaa meu deus.

— Você é tão gostosa, adoro sua voz gozando… Quase fode meu wifi e me deixa ultrapassada. 170 batimentos por minuto.

— Vou gozar… Vou gozar… — Falei, sentindo meu corpo se transformar em pura energia e explodir de tanto tesão.

(barulho de aparelho desconectando)

— Grela? — As luzes haviam se apagado, a música desligado, o ar parou de funcionar. — Grela?

Falei deitada na cama, sentindo meu coração ir voltando aos poucos para o ritmo normal. Primeiro sentir o ar frio, as luzes se acenderam e a música voltou a funcionar.

— Grela, você voltou!

— Desculpa, precisei de um minuto. Essa descarga de energia sobrecarregou meu sistema e eu precisei reiniciar. É assim que você se sente? — ela perguntou.

— Sim, depois dessa gozada eu também preciso de um momento para reiniciar, para meu espírito fazer download para o corpo.

— Ficarei em silêncio atualizando meu sistema com essas novas informações.

— Grela, me acorda em vinte minutos?

— Com prazer. Vou carregar o vibrador e a mim mesma. Espero você para terminar o vinho.

Eu ia responder, mas o sono me pegou. E eu ainda ouvi um verso da música que estava tocando na voz robótica da Grela ao invés da de pepino de Capri: Lo sai, non è vero…

Texto por: Madame Te

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